*Por Beatriz Farias
Agosto foi um mês frutuoso em discos senhoras e senhores, não há como negar a satisfação de anunciar. É com cd’s que já entraram para melhores do ano na listinha adiantada (spoiler não autorizado), e algumas canções específicas que não saíram da mente que a 6ª edição do Radinho da Bia chega em sua residência, e sem mais delongas é agora apresentada.
–Dani Black – Dilúvio
Impossível não ouvir em modo repetição o “Dilúvio” de Dani Black, com seus tons vibrantes e a alegria de finalmente sentir o cheiro da chuva. “Fora de mim” entrou para a lista de favoritas porque tem uma leveza mesclada a graça de uma boa confissão. A gente dança mesmo sem perceber.
Ouça “Fora de Mim”:
-Leo Middea – Valsa
Ainda falando em dança porém mudando a intensidade e forma de gostar, a “Valsa” de Leo Middea (single lançado no canal do coletivo Mira) é sem dúvida umas das sensações mais bonitas que os últimos meses trouxe. A canção tem uma intimidade de letra e melodia tão sensorial que o deleite é involuntário, derretendo tudo que há.
Ouça “Valsa”:
-ANA – Marceline
Após zapear várias canções de ANA na busca de entender essa autenticidade que sua voz propõe sem esforço, descansei em “Marceline” para contemplar essa simplicidade inteligente que sussurra a saudade bonita. Um espanto de amor para o mundo se recordar de vivê-lo.
Ouça “Marceline”:
-César Lacerda – Olhos
Escolhi a primeira faixa que conheci do “Paralelos e Infinitos” para ilustrar o espaço que o disco já ocupa em mim. A inquietação de “Olhos” é todo o acordar de uma situação a viver, somado a sua melodia de busca que constantemente relembra a necessidade de um encontrar.
Ouça “Olhos”:
–Emicida – 8
O álbum mais recente de Emicida, “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa” é exatamente a paulada que estávamos precisando. De uma beleza desafiadora que não pede licença. A música “8” foi escolhida porque é estudo de ser humano, sociedade e a discussão em que estamos mais que nunca inseridos.
Ouça “8”: