*Por Beatriz Farias
A fila assustadoramente grande para uma sexta-feira tem como objetivo assistir/participar a/o palestra/debate do fenômeno da internet Porta dos Fundos, com aproximadamente 9.333.885 visualizações até o momento que esse texto foi gerado, o canal de vídeos aborda temas do cotidiano, sempre com muito humor e por vezes, com uma leitura crítica. Para admiradores, jornalistas e até (por que não, ou principalmente) os “do contra”, é a oportunidade de vê-los saindo da aba do Youtube para o físico.
Sobra algumas poucas cadeiras vazias em cantos escondidos do Auditorio Thunder, o que passa despercebido pelos voluntários deixando uma fila imensa de pessoas do lado de fora, querendo saber o motivo de tanta risadaria. Mesmo sendo de comum acordo que ninguém foi assistir a um “stand up comedy”fica a curiosidade para ver se Gabriel Totoro, Júlia Rabelo, Ian SBF, Antônio Tabet (Kibe), e João Vicente Castro. (e Rafael Infante que por medo de viajar de avião decidiu ir do Rio a Sampa de carro – história contada pelos colegas de trabalho – chegando assim, cedo para o próximo painel, porém depois que os agradecimentos da palestra/debate que teria que participar já tinha sido aplaudido de pé) são pelo menos um

Elenco do Porta
pouquinho engraçado, como os roteiros apontam. A dúvida cessa com a forma bem humorada com que lidam com as mais diversas situações, como a luz do palco que apagou (e demorou para acender), ou a resposta de Kibe ao ser questionado por um menino sobre a rivalidade entre Porta dos Fundos e Parafernalha: “Vou responder sua pergunta com outra pergunta: qual a diferença entre a Portuguesa e o Real Madri?”.
Dentre o material divulgado na CCXP está o filme, maior projeto da empresa para o ano que vem que ainda não tem previsão exata de estreia, mas a expectativas da galera é elevada quando Ian, avisa que “vai ser épico, vai ser a coisa mais foda”, e diz que prepararam um teaser para o evento, teaser esse que pode não ter nada a ver com o filme, mas o importante é ver a empolgação da galera.
Veja o teaser:
“A gente pode ser o game of thrones brasileiro”, profetiza Kibe.
O filme faz ligação com a ideia de criar conteúdos para diversas plataformas, explicando a transição para a TV (mais projetos a longo prazo com a Fox, emissora do canal fechado), e mostrando que não significa deixar de usar a internet: “Hoje tem janela em tudo quando é canto, a gente quer fazer vídeo, onde vai passar é o que menos importa”, explica Kibe. E dessa forma, se a internet ainda é a porta dos fundos já não se sabe, o que se entende com o sucesso dessa empresa é que não se perde a essência do que querem alcançar e que eles já descobriram que qualquer que seja o meio, a porta já está aberta.
Assista “Bom dia”, vídeo favorito da nossa adorável colunista Beatriz Farias
* Beatriz Farias não é formada, não tem curso superior nem vergonha de escrever em terceira pessoa fingindo que não é ela. Gosta de gostar das coisas e são dessas coisas que ela fala aqui.