* Por Diogo Marcondes
Dados divulgados pelo Ministério do Turismo mostram que 1 milhão de turistas vindos de 203 países visitaram o Brasil durante a Copa do Mundo. De argelinos a belgas, de nigerianos a australianos, de colombianos a sul-coreanos, todos se encontraram no país do futebol. E fizeram a festa nos estádios, nas ruas, nas fans fests e por onde mais passaram.
Como os números mostram: foram 32 países em campo e 203 fora das quatro linhas. São gente de 171 países vindo para o Mundial sem ter a seleção de sua terra natal para torcer. A Copa do Mundo vai além de um evento futebolístico. É um evento cultural. É um encontro de povos, nações e costumes. É uma explicação do que é o Brasil: multicultural e multiétnico.
É tanta gente diferente num país que tem a diferença como marca de sua identidade, que fica difícil saber quem é quem. Quem é daqui e quem é de lá. Imagine a cena: você entra no Metrô e se depara com um homem de 1,65 metro, branco, cabelo liso e olhos puxados. É um japonês. Ou não. Pode ser o seu vizinho, João Yoshiro.
Na rua você se depara com um homem negro, alto, careca. É um nigeriano, um camaronês ou é brasileiro? Uma mulher loira é daqui, é da Holanda, é da Alemanha? É difícil saber quem é turista e quem é brasileiro.
E nessa de não saber quem é quem, você vai chegando. Solta um “my name is” daqui. Um “mi nombre é” dali. Toma cerveja com uns, fala da caipirinha brasileira para outros e na base do embromaichon” faz amizade com o mundo todo, literalmente.
Nesta Copa do Mundo do Brasil fica a lição: sozinho, todo mundo é brasileiro.
*Diogo Marcondes é estudante de jornalismo, apaixonado por futebol e dono do blog Arquibancada há oito anos